quinta-feira, 30 de julho de 2009

Jogo de Damas

No livro "Jogo de Damas", da editora LP&M, 2ed. de 2007, David Coimbra nos presenteia com histórias hilárias da História. Segundo Coimbra, o Neanderthal não foi extinto pelo Homo Sapiens. Foi extinto pela fêmea do Homo Sapiens.
Mesmo o Homo Sapiens sendo muito mais frágil que o Neanderthal (já que era um Tony Ramos tipo zagueirão – palavras do autor), ele teria sido aos poucos dominados pela inteligência e astúcia da mulher que só queria preservar a sua espécie. Vejamos partes do livro:

Aí as fêmeas dos Sapiens entraram em ação.
Enquanto os machos saíam pelas savanas e pelas florestas para buscar comida, para se meter em alguma eventual escaramuça sem maiores conseqüências ou contar piadas, como fazem os machos, as fêmeas se quedavam nas cavernas ou nas ocas ou nas clareiras, seja lá onde for, cuidando dos filhotes, como fazem as fêmeas. Então, num dia desses imemoriais, uma das mulheres notou que, caindo no solo, a semente germinava, crescia, tornava-se uma planta adulta e depois gerava frutos. Só uma mulher poderia ter feito essa averiguação. Por dois motivos:
1. Porque a mulher teria tempo e paciência [...] ao contrário do homem [...]
2. Porque o que acontece com a semente é exatamente o que acontece com ela [...] (p.10)
Isto é: a mulher inventou a agricultura e, inventando a agricultura, inventou a Civilização. (p. 10)
[...]
Esta obra máxima do instinto feminino, a Civilização, serviu perfeitamente aos interesses da mulher. Porque a mulher precisava de um homem que ficasse em casa e ajudasse na proteção aos filhotes. [...] filho é coisa de mulher, sexo é coisa de homem [...] (p. 11)
Ela sabe perfeitamente que a economia, a política, a administração, todos esses subprodutos da Civilização, têm importância secundária. E sabe disso por causa da menstruação. [...]
Ela tem o ciclo da vida DENTRO dela! (p.12)
[...]
De posse desse entendimento, a mulher anda pela Terra com os pés no chão. Ela não sonha, ela mantém os olhos bem abertos. Ela não acredita, como o homem, que pode viver um grande amor a cada sexta-feira, que enfeitiçará eternamente o sexo oposto [...]
Ao contrário do homem.
É assim: nós homens somos românticos; as mulheres são práticas. (p. 13)
[...]
A mulher USA o sexo para atrair o homem. Ela se torna atraente, ela se insinua, ela entra em minissaias sumárias e calça botas de cano alto [..] O que ela faz com todo esse arsenal é dar a entender à vítima, que é você, eu, nó, os homens, que nós teremos uma vida de aventuras [...] Uma vida de sexo enlouquecido, bárbaro, selvagem, pois é isso que queremos, é isso que somos: selvagens! (p. 14)
Diversão. Eis o nosso objetivo, no Planeta Terra. As mulheres pensam em responsabilidades. Filhos. A continuidade da espécie. Nós queremos nos divertir. É pedir muito? É pedir demais??? Decerto que não. Mas elas não compreendem. Elas nos chamam de imaturos, mandam-nos para analistas. Terapia! Puá! Mais um truque feminino, mais uma tentativa de domar o que existe de puro em nós homens [...] (p. 15)
Exatamente devido a esse nosso espírito minimamente indomado que a Civilização não deu certo. Porque não deu, não se iluda. Estragamos tudo. [...] A mulher se deu conta disso há algumas décadas. Aquela idéia de ela se recolher ao lar e cuidar do que é realmente decisivo, deixando o homem brincar lá fora, não funcionou. Agora, a mulher está tentando reagir. (p.15)

Em seguida o autor começa a explicar como algumas mulheres tiveram importância na história valendo-se de seus dotes femininos, passando por Messalina, Lou Salomé, Cleópatra, Lucrécia Borgia entre outras, além é claro, de falar dos homens dominados sexualmente por elas, Nietzsche, Claudius, Júlio César e outros.
O livro tem uma linguagem muito bem humorada e inteligente. Recomendo a leitura!


Cleópatra

Messalina

Lucrécia Borgia

Júlio César

Imperador Claudius


Pati

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Porto Alegre no MARGS: Arte francesa

Uma amostra imperdível! Artistas como Renoir, Cézanne, Van Gogh, Dali, Miró, Degas e outros estarão expostos até 31/08/09 no MARGS em Porto Alegre. Os artistas são franceses ou que estiveram na França. O nome da amostra é Arte na França 1860 - 1960: O Realismo.
Maiores informações acessem o site: http://www.margs.rs.gov.br/

Rosa e Azul, as meninas Cahen D'Anvers - Renoir

Retrato da Condessa Pourtalés - Renoir


Paul Alexis lê um manuscrito a Zola - Paul Cézanne


Passeio ao crepúsculo - Van Gogh

Não percam!


Pati

terça-feira, 28 de julho de 2009

Marisa Monte e Julieta Venegas: Bela canção

Marisa Monte me inspira. Dona de uma linda voz, belíssimas letras e músicas, cativou o meu gosto musical. Ao lado de Julieta Venegas, uma cantora mexicana, as duas cantam divinamente a composição de Julieta, Ilusión. Apreciem!

domingo, 26 de julho de 2009

Poesia de Goethe


Feliz só será

Feliz só será
A alma que amar.
'Star alegre
E triste,
Perder-se a pensar,
Desejar
E recear
Suspensa em penar,
Saltar de prazer,
De aflição morrer —
Feliz só será
A alma que amar.
*
Goethe, in "Canções"
Tradução de Paulo Quintela

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Ambiguidade de amor em Tim Maia e Marisa Monte

Podemos sentir diversos tipos de amor. Amor de homemXmulher, amor fraterno, por um amigo, amor de filho ou por um filho.
A beleza da Literatura está em justamente podermos nos apropriar dela para os nossos sentimentos. Dependendo do nosso estado de espírito, uma mesma letra, pode nos servir de consolo, entretenimento ou reflexão ao que estamos passando naquele momento. Uma pessoa que está apaixonada, que está começando um novo amor ou algo significativo, que eleve seu estado emocional, que mexa ou abale suas estruturas, irá se relacionar com a música “Mais uma vez” de Marisa Monte ou “Gostava tanto de você” do Tim Maia de uma maneira. Entretanto, essas mesmas pessoas podem, em um outro momento de sua vida, sentir, compreender ou interpretar essas mesmas canções sob outro aspecto. Por exemplo, o amor por um filho. De fato, até onde pude analisar as letras e o que sei sobre um pouco da história dos artistas, pude concluir que elas foram criadas pensando em seus filhos. Tim Maia perdeu sua filha quando esta ainda era muito jovem. Marisa Monte tem um filho, viaja o tempo inteiro, fica longe. Claro que isso não determina nada, cada leitor, cada ouvinte tem o direito de se apropriar do texto ou da canção. A Literatura permite que isso ocorra. Na verdade, Literatura é isso. E a ambiguidade é o que torna um poema, seja ele em forma de texto ou música, maravilhosamente belo e rico.
Leia, cante, se emocione, conforme suas emoções permitirem.


Mais uma vez (Marisa Monte)
*
Mais uma vez eu vou te deixar
Mas eu volto logo pra te ver
Vou com saudades no meu coração
Mando notícias de algum lugar...
Eu sei, que muitas vezes te fiz esperar demais
Mas mesmo na distância o meu pensamento voa longe demais
Fico imaginando você sofrendo na solidão
Quando eu vou deitar penso em você em seu quarto dormindo
AhhhhLonge de você meu bem, longe da alegria
Longe de você meu bem, longe do nosso lar ....
Mais uma vez...




Gostava tanto de você (Tim Maia)

*
Não sei porque você se foi

Quantas saudades eu senti

E de tristezas vou viver

E aquele adeus não pude dar...

Você marcou na minha vida

Viveu, morreu

Na minha história

Chego a ter medo do futuro

E da solidão

Que em minha porta bate...

E eu! Gostava tanto de você

Gostava tanto de você...

Eu corro, fujo desta sombra

Em sonho vejo este passado

E na parede do meu quarto

Ainda está o seu retrato

Não quero ver prá não lembrar

Pensei até em me mudar

Lugar qualquer que não exista

O pensamento em você...

terça-feira, 21 de julho de 2009

Outro filme não hollywoodiano

O filme de produção alemã "A Espiã"(lançado em 2006 e que aqui no Brasil só chegou em 2008), conta a história de Rachel, uma cantora judia, que não tendo mais o que perder, resolveu entrar para o mundo da espionagem com o objetivo de ajudar seu povo. A história se passa na época da segunda guerra mundial. É um filme interessante e enriquecedor, assista.


Pati

sábado, 18 de julho de 2009

Literatura pura em um belo filme

Li um livro belíssimo da literatura universal que se chama “Orgulho e Preconceito” da autora britânica Jane Austin (1775-1817). Além deste, Jane escreveu outros romances, entre eles “Emma” e “Razão e Sensibilidade”. O livro O&P é um romance de época escrito em 1797, mas só foi lançado em 1813, pouco antes de Jane falecer. A história é belíssima, com uma linguagem bem acessível e empolgante. No início do livro, admito, parece que os fatos, que o enredo demora um pouco para se desenrolar. Mas em seguida, começa a ficar emocionante.

Depois de ler essa bela obra, pode-se e DEVE-SE assistir ao filme com o mesmo nome. Falo do filme de 2005 com a Keira Knightley e Matthew Mcfadyen, pois existem versões mais antigas, que eu não assisti. Essa versão de 2005 é muito boa. Pra quem gosta de filmes de época, com aqueles vestidos maravilhosos, paisagens exuberantes, castelos e châteaux belos e históricos, é um prato cheio. Sem contar com o enredo, um mundo completamente diferente do nosso. Eram outros costumes, embora que a essência dos sentimentos ainda continuam os mesmos.
Leiam o livro de Jane Austin e depois assistam ao filme, vai ficar melhor para entender a história e ainda será uma “baita” curtida, tanto no papel quanto na tela.
Pati

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Pausa para o café




Arnaldo Jabor, na crônica Seja um idiota, finaliza com a seguinte frase: “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore,dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!” Adorei o texto, aliás, já li muita coisa inteligente dele. Acabei refletindo sobre coisas que deixo pra depois, pois sempre acho que terei o outro dia pra isso. Será?
Todos nós imaginamos que teremos o dia de amanhã, na verdade isso é um mecanismo de defesa, para que possamos levar a vida sem o desespero de quando é que vai acabar. O problema é que nos enganamos tanto, que chegamos a acreditar que realmente somos imortais e, portanto, muitas vezes, deixamos de viver coisas que gostaríamos, já que temos “a vida toda”. Mas quanto tempo ainda temos? Infelizmente ninguém sabe quanto é o seu tempo, pode ser mais sessenta anos, mais trinta, mais cinco ou mesmo mais um dia, quem sabe?
Então, por mais falta de tempo que tenhamos, façamos uma pausa para o café, façamos coisas significativas para nós, sejamos felizes agora. Gosta de futebol? Vá ao estádio ver seu time jogar. Gosta de estudar, gostaria de poder cursar uma universidade? Dê um jeito, estude bastante para a pública, mas também pense em fazer um esforço para a particular, nem que tenha que fazer duas disciplinas por vez. Gosta de viajar e não tem dinheiro? Coloque como objetivo sua viagem, deixe de comprar coisas dispensáveis, planeje. Gosta de jogar boliche, mas não tem tempo, pois tem muito trabalho? Arranje um tempo para você e sua família, ou chame os amigos, é um programa divertido, vá brincar.
Agora se só é feliz comendo, não posso recomendar que coma o quanto quiser, pois se você quiser ter mais tempo pra ser feliz aqui nesse mundo, vai ter que cuidar da sua saúde, vai ter que se cuidar. Mas uma pizza com companhia, de em vez em quando, só faz bem, recomendo!

sábado, 11 de julho de 2009

Jasmim em minha infância! Poetrix

Eu não sabia o que era um Poetrix, agora eu sei mais ou menos.



Sei que é um tipo de poesia em que o divertido é brincar de desconstruir as palavras, reconstrindo-as, misturar palavras, dar novos sentidos às palavras etc.



Quando passei por um pé de jasmim, lembrei da minha infância. Então...

Jasmim em minha infância!

*****Em minha
**************infância,
**********************jasmim;

******************************jaz
*********************************em mim,
*****************************************minha infância.


Pati

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Filmes não Hollywoodianos

Todos sabemos que Hollywood é uma grande fábrica de superproduções, e que, ao longo do tempo tem nos trazido filmes maravilhosos. Mas quando surgem produções de outras partes do mundo, gosto de prestigiar, até mesmo para assistir algo diferente.
Por isso a minha indicação e sugestão vai para “A maldição da flor dourada” e “O fabuloso destino de Amélie Poulain” .

“A maldição da flor dourada”, de 2006, é um filme sobre as tradições chinesas, é um épico, produzido pela China. O filme trata sobre uma sociedade machista, em que o poder e a força do homem comandam a mulher e a família com mãos de ferro. Às vezes, um olhar bastava pra determinar uma ordem. Outra coisa que chama a atenção é a questão da honra, morre-se por ela. O filme é uma superprodução, belíssimo, com cenas emocionantes. No elenco vem Gong Li, Chow Yun-Fat, Jay Chou e outros. Imperdível!


“O fabuloso destino de Amélie Poulain” não é uma superprodução como o anterior, mas é o tipo de filme gostoso de se assistir. Foi produzido na França em 2001, daqueles que te emocionam, te levam à reflexão e ainda te fazem rir. A atriz que interpreta Amélie é Audrey Tautou, foi revelação nesse e será a estrela do filme "Coco before Chanel" que ainda será lançado. Além de ter atuado em "O código Da Vinci". O filme de Amélie, tem uma linguagem diferente, onde a personagem principal é bastante generosa com as pessoas ao seu redor, e por isso ela faz algumas interferências bem criativas e engraçadas. Vale a pena assistir!
Pati

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O peso das palavras


É incrível como ocorre o processo da comunicação, ou não, afinal nem sempre ocorre “comunicação” entre as pessoas. Às vezes dizemos X para Fulano que entende Y. Outras vezes soltamos palavras, que pra nós são insignificantes, mas que pra outra pessoa tem um peso enorme. Pronto, está armada a confusão. Você disse que ele era muito chato, afinal não gosta de filme nenhum. Mas você disse isso por dizer, você o ama, está apenas reclamando que não tem parceiro para ver um filme. Só que não adianta, você o chamou de chato e agora e ele está magoado. Se isso acontece entre casais, imaginem o que acontece entre pessoas de relações menos íntimas.
Você pode ter afastado alguém da sua vida porque disse alguma coisa inapropriada, porém, você não sabe disso, não entende porque aquela pessoa se afastou. Ou então, uma pessoa pode ter feito o mesmo com você. Disse algo sem peso pra ela, mas que pra você doeu muito. Vocês se afastam e aí, nesse caso, ela é que fica perdida na história sem entender porque você não a procura mais ou está tão distante.
Por causa desses desencontros comunicacionais é que tenho pensado, é tão mais simples quando se é criança! Os adultos complicam demais, se magoam demais, levam tudo à sério demais. Criança briga num dia, diz que nunca mais vai falar com seu amiguinho e no dia seguinte, como se nada tivesse acontecido, estão brincando, se divertindo como se nada tivesse ocorrido. As crianças são sábias. Pena que eu cresci.

Pati

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Que friozinho gostoso!


Não briguem comigo os que são fissurados pelo verão, porque eu também gosto, principalmente da praia. Pra mim, férias sem praia, praticamente, não são férias! Mas a estação mais gostosa, mais aconchegante, na minha opinião é o inverno.
Ler um livro na cama, bem quentinha, é um prazer. Tomar um café com leite bem quentinho é bem mais gostoso, quem aguenta isso no verão? Comer uma pizza com um bom vinho é, no mínimo, romântico! Passear num parque cheio de verde num dia ensolarado de inverno é renovador. Assistir a um bom filme, em casa, ao lado de pessoas queridas, todas enroladas no mesmo cobertor, sem igual. Poder vestir-se com roupas que deixam qualquer mulher elegante, levanta a auto-estima e você cancela a terapia. E o mais gostoso de tudo: dormir agarradinho no seu amor, como diria aquela empresa de cartões de crédito, não tem preço!


Pati