Mesmo o Homo Sapiens sendo muito mais frágil que o Neanderthal (já que era um Tony Ramos tipo zagueirão – palavras do autor), ele teria sido aos poucos dominados pela inteligência e astúcia da mulher que só queria preservar a sua espécie. Vejamos partes do livro:
Aí as fêmeas dos Sapiens entraram em ação.
Enquanto os machos saíam pelas savanas e pelas florestas para buscar comida, para se meter em alguma eventual escaramuça sem maiores conseqüências ou contar piadas, como fazem os machos, as fêmeas se quedavam nas cavernas ou nas ocas ou nas clareiras, seja lá onde for, cuidando dos filhotes, como fazem as fêmeas. Então, num dia desses imemoriais, uma das mulheres notou que, caindo no solo, a semente germinava, crescia, tornava-se uma planta adulta e depois gerava frutos. Só uma mulher poderia ter feito essa averiguação. Por dois motivos:
1. Porque a mulher teria tempo e paciência [...] ao contrário do homem [...]
2. Porque o que acontece com a semente é exatamente o que acontece com ela [...] (p.10)
Isto é: a mulher inventou a agricultura e, inventando a agricultura, inventou a Civilização. (p. 10)
[...]
Esta obra máxima do instinto feminino, a Civilização, serviu perfeitamente aos interesses da mulher. Porque a mulher precisava de um homem que ficasse em casa e ajudasse na proteção aos filhotes. [...] filho é coisa de mulher, sexo é coisa de homem [...] (p. 11)
Ela sabe perfeitamente que a economia, a política, a administração, todos esses subprodutos da Civilização, têm importância secundária. E sabe disso por causa da menstruação. [...]
Ela tem o ciclo da vida DENTRO dela! (p.12)
[...]
De posse desse entendimento, a mulher anda pela Terra com os pés no chão. Ela não sonha, ela mantém os olhos bem abertos. Ela não acredita, como o homem, que pode viver um grande amor a cada sexta-feira, que enfeitiçará eternamente o sexo oposto [...]
Ao contrário do homem.
É assim: nós homens somos românticos; as mulheres são práticas. (p. 13)
[...]
A mulher USA o sexo para atrair o homem. Ela se torna atraente, ela se insinua, ela entra em minissaias sumárias e calça botas de cano alto [..] O que ela faz com todo esse arsenal é dar a entender à vítima, que é você, eu, nó, os homens, que nós teremos uma vida de aventuras [...] Uma vida de sexo enlouquecido, bárbaro, selvagem, pois é isso que queremos, é isso que somos: selvagens! (p. 14)
Diversão. Eis o nosso objetivo, no Planeta Terra. As mulheres pensam em responsabilidades. Filhos. A continuidade da espécie. Nós queremos nos divertir. É pedir muito? É pedir demais??? Decerto que não. Mas elas não compreendem. Elas nos chamam de imaturos, mandam-nos para analistas. Terapia! Puá! Mais um truque feminino, mais uma tentativa de domar o que existe de puro em nós homens [...] (p. 15)
Exatamente devido a esse nosso espírito minimamente indomado que a Civilização não deu certo. Porque não deu, não se iluda. Estragamos tudo. [...] A mulher se deu conta disso há algumas décadas. Aquela idéia de ela se recolher ao lar e cuidar do que é realmente decisivo, deixando o homem brincar lá fora, não funcionou. Agora, a mulher está tentando reagir. (p.15)
Em seguida o autor começa a explicar como algumas mulheres tiveram importância na história valendo-se de seus dotes femininos, passando por Messalina, Lou Salomé, Cleópatra, Lucrécia Borgia entre outras, além é claro, de falar dos homens dominados sexualmente por elas, Nietzsche, Claudius, Júlio César e outros.