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Chegando em casa, a primeira coisa que fez, depois de largar suas coisas da escola, é claro, foi passar um batom, na verdade era um brilho labial hidratante e depois sair correndo para a frente de sua casa para esperar por ele. Ansiosa, olhava por entre as grades do portão, passou um carro, depois um ônibus, uma carroça com o velho que voltava do trabalho depois de vender suas frutas e verduras, outro ônibus, até um caminhão de lixo e ele não chegava nunca! Deve ter se passado muito tempo, em torno de três ou sete, por que a demora? Ah, eram minutos, mas que pareciam horas.
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De repente, dobrando a esquina apareceu seu cavalo branco! Está certo que tinha quatro rodas, mas ainda assim era branco como o dos príncipes. Ele podia ter estacionado na garagem da sua casa que ficava grudadinha com a dela, só que não, estacionou na frente, na beira da calçada, também devia estar com muita saudade. Foi até sua princesa, que era como ele a chamava, deu-lhe um abraço daqueles com giros, rodopios e risadas. E também um beijo estalado. Depois a colocou em cima do muro e ficaram ali conversando sobre trivialidades, como era de costume. Como era carinhoso! E bonito também. Sérgio era alto, magro, lindo. Quando tinha tempo, a levava para dar um volta no seu cavalo nem que fosse em torno da rua, contornando a quadra. Era emocionante, e ela se sentia importante.
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De repente, dobrando a esquina apareceu seu cavalo branco! Está certo que tinha quatro rodas, mas ainda assim era branco como o dos príncipes. Ele podia ter estacionado na garagem da sua casa que ficava grudadinha com a dela, só que não, estacionou na frente, na beira da calçada, também devia estar com muita saudade. Foi até sua princesa, que era como ele a chamava, deu-lhe um abraço daqueles com giros, rodopios e risadas. E também um beijo estalado. Depois a colocou em cima do muro e ficaram ali conversando sobre trivialidades, como era de costume. Como era carinhoso! E bonito também. Sérgio era alto, magro, lindo. Quando tinha tempo, a levava para dar um volta no seu cavalo nem que fosse em torno da rua, contornando a quadra. Era emocionante, e ela se sentia importante.
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Até que um dia o príncipe anunciava o seu adeus. Ele partiu o seu coração. Não podia ser verdade... era muito triste para ela acreditar! Sérgio contou-lhe que se casaria em breve, só que com outra, e que iria morar longe dali. Por que doía tanto! Ah, mas doía sim! Como ele podia fazer isso com ela? Ela lembrou-se, com muita raiva, daquela que de vez em quando estava dentro do seu carro branco. Ela era a culpada de tudo. Feia, chata. A menina tentou segurar as lágrimas, tinha vergonha, fugiu, saiu correndo e jogando-se na cama desatou o choro. No outro dia ele a procurou, não, na verdade ele a viu na frente de casa e a chamou, perguntou se eles podiam ser amigos. Ele explicou-lhe que um dia ela encontraria um rapaz bonito e que seria muito feliz. Agora era a vez de ele ser. Deu-lhe um beijo na testa e foi embora com um sorriso no rosto.
Foi duro compreender, porque ela só tinha cinco anos.
Pati
2 comentários:
Como eu já disse no Recanto, esse é um conto do cotidiano. Como devem acontecer histórias como essa, no dia a dia! Você está de parabéns! Texto muito bem escrito e com uma ilustração perfeita! Um grande abraço, conterrânea!
Olá, Patrícia!
Pobre garotinha...que decepção!
Obrigada pela visita!
Já te disse o quanto fiquei feliz ao vê-la entre meus novos amigos???
Se disse, vou repetir!
Fiquei muiiiiiito feliz!rsrs
bjks
Almerinda
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