sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Wikileaks e Julian Assange: o temor dos EUA


Vários simpatizantes se uniram para pagar a fiança de Julian Assange. A prisão do fundador do Wikileaks, todos sabem, foi uma represália pelas divulgações feitas em seu site e que afetam, principalmente, os EUA. Já não bastasse a prisão e acusação, no mínimo, exagerada, cobraram um valor absurdo pela fiança, como se ele fosse feitor de um crime hediondo, que aliás, aí, sim, não teria fiança. Ah, além disso, suas contas foram bloqueadas, o que o impossibilitaria de pagá-la. Estranho, não?!

Agora a última, simpatizantes de Julian, ao protestar em frente à Casa Branca, foram levados à prisão. Tudo tão desproporcional! E os norte-americanos se gabam de serem democráticos, de que lá existe liberdade de expressão. Sim, desde que não incomode o governo!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Frase de Goethe

Peguei emprestada do blog do meu amigo Nando Barret "O caminho dos pássaros de papoula" porque achei-a perfeita:

"Todos os dias devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas."
- Goethe -

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Papai Noel dos Correios - Cartas de crianças aos Correios

Este ano resolvi ser "Papai Noel" dos Correios.
Sempre ouvia falar no assunto, mas sempre deixava para depois e acabava esquecendo. Este ano fui logo no início de Dezembro aos Correios, sentei e li várias cartinhas até escolher alguma que me tocasse. Várias me tocaram, contudo não podia presentear a todos, então, escolhi duas. As cartinhas estão abaixo.
.
A primeira é de K, um menino de onze (11) anos da cidade de Canoas - RS, que nasceu com um probleminha num dos pés e, por causa disso, já usou 76 botinhas corretivas e fez seis cirurgias. Apesar de tudo, de seus 3cm de diferença de um pé para o outro, ele conta que brinca como se nada tivesse. Só reclama a ausência do pai que por ter se separado da mãe, acabou esquecendo-se do menino. Isso é muito triste. Ele pediu um skate, pois seu médico deu-lhe alta, podendo o garoto, agora, brincar com coisas que antes não podia. Sua história realmente me comoveu. Leia:
A segunda cartinha é de uma menina de oito (8) anos, também de Canoas, que humildemente pede apenas um "fogãozinho". Diante de tantos pedidos de Barbies, bicicletas, skates, video-games, casas de Barbie, esse pedido era tão singelo que não pude resistir. Junto com o fogãozinho enviei a ela também uma linda boneca.

Espero inspirar alguém a fazer o mesmo ano que vem, além de ajudar alguém você ainda irá sentir-se muito feliz!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Carta ao Prefeito de Porto Alegre : Massa crítica e a luta para uma cidade melhor

Eu apoio essa ideia, e você?
Vamos divulgar, espalhar a ideia.
Queremos e merecemos cidades melhores, mais agradáveis para se viver. Basta ver exemplos como Holanda, Alemanha e outros que incentivam o uso da bicicleta, é bom para a cidade, para o meio-ambiente e para a saúde das pessoas.
.
Massa crítica é um site voltado à defesa do direito do cidadão pelo uso da bicicleta, pois hoje as cidades brasileiras não oferecem estrutura para isso. Ou seja, só se constroem avenidas, pontes e viadutos (obras milionárias) e nunca se tem dinheiro para construir ciclovias. Site: http://www.massacriticapoa.wordpress.com/

Carta ao Prefeito de Porto Alegre
Publicado em dezembro 5, 2010
por Marcelo
Sugestão de carta para entregarmos ao prefeito durante a manifestação de segunda-feira, dia 06/12:

Porto Alegre, 06 de dezembro de 2010.

Sr. Prefeito,

Damos total apoio à sanção do projeto da Semana de Combate à Violência no Trânsito e gostaríamos de aproveitar a oportunidade para mostrar-lhe nosso ponto de vista e, por que não, darmos algumas sugestões de atividades para a campanha.

Não há como negar, carro é uma arma. Por ano, no Brasil morrem cerca de 40 mil pessoas vítimas do trânsito e mais centenas de milhares são gravemente feridas ou mutiladas para toda a vida. É mais do que muita guerra mata. Acreditamos que a principal maneira de prevenir acidentes é reduzindo o número de automóveis que circulam pela nossa cidade. A matemática é bem simples, quanto mais carros estiverem circulando nas ruas, maior é a probabilidade de um acidente acontecer. E, quando temos uma tonelada de metal, se deslocando em zonas altamente povoadas a 30, 40, 60, até mesmo 80km/h, as chances desse acidente ser fatal são elevadíssimas.

Por isso queremos que durante a Semana de Combate à Violência no Trânsito, e por que não durante o ano todo, o senhor invista prioritariamente em políticas que incentivem o uso de bicicletas e do transporte público. Pois cada bicicleta é um carro a menos nas ruas, e cada ônibus são 40 carros a menos!

Outra maneira de se diminuir a gravidade dos acidentes é limitando ainda mais a velocidade dos veículos. Isso pode ser feito de diversas formas: barreiras físicas (lombadas), mais controladores eletrônicos de velocidade, fiscalização mais intensiva e, talvez o mais importante, um planejamento urbano que não incentive nem permita a alta velocidade dentro dos limites da nossa cidade. Todos sabemos que vias mais largas incentivam o motorista a ir mais rápido, enquanto que vias mais estreitas, com calçadas mais largas, desestimulam o motorista apressado. Uma técnica muito simples e barata, utilizada na Europa e até no nosso vizinho Uruguai, é o alargamento das calçadas nas esquinas, justamente na área onde é proibido que os carros estacionem. Desta forma o pedestre tem mais segurança para atravessar a rua e os carros têm que reduzir mais a velocidade ao fazer a conversão, dando mais segurança a todos; e de quebra ainda ganhamos mais espaço público, onde podem ser instalados bancos e jardins.

O senhor provavelmente já ouviu falar também das chamadas Zonas 30. Zonas residenciais onde a velocidade máxima permitida é 30km/h. Esse movimento começou no exterior e agora até mesmo o Rio de Janeiro já vem criando, com sucesso, as Zonas 30. Por que não as implementamos aqui em Porto Alegre?

Por falar no Rio de Janeiro, o senhor sabia que agora na Lapa, à noite, a circulação de carros é proibida? A Lapa é uma zona boêmia, por onde circulam muitos pedestres à noite. A proibição da circulação de carros deixou a zona mais agradável, com mais espaço para os pedestres e mesmo para os bares colocarem suas mesas. Ao transformar essas ruas em ruas para pedestres à noite, o ato de sair de carro para beber também é desestimulado, teremos menos motoristas bêbados na rua. Imagine só as ruas Lima e Silva, da República e João Alfredo, sem carros à noite, ou até mesmo a Padre Chagas! Cheias de mesas na calçada e pedestres andando tranquilamente pela rua, sem precisarem se espremer pelas calçadas.

Acreditamos também que a gradual substituição do atual transporte coletivo por um movido a eletricidade, só trará benefícios. Além dos óbvios benefícios ambientais, por ser mais eficiente, os veículos elétricos emitem menos ruído, e como todos sabemos a poluição sonora é geradora de estresse, que por sua vez gera violência. Existem modelos mais modernos de trólebus (ônibus elétricos) que não necessitam de rede elétrica aérea.

Entregamos essa carta para o senhor pois acreditamos que uma cidade mais humana, mais agradável, mais segura, é possível. E que para torná-la realidade, não precisamos de obras faraônicas, de viadutos de milhões de reais, pelo contrário, quanto mais investirmos em vias para automóveis mais estaremos incentivando as pessoas a utilizá-los. O que precisamos são de políticas simples, eficientes, que outras cidades já mostraram que funcionam. Contamos com o senhor para nos ajudar a criar uma Porto Alegre para as pessoas.

Sinceramente,

Pedestres, ciclistas, passageiros de ônibus e até mesmo motoristas que querem uma cidade mais humana.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Países em desenvolvimento e a redução de poluição


Países em desenvolvimento têm direito de aumentar suas emissões, diz ganhador do Nobel do IPCC
Lilian Ferreira
Do UOL Ciência e Saúde

Em Cancún (México)

“Os países desenvolvidos devem reduzir suas emissões, já os países em desenvolvimento, como China e Brasil, podem continuar a aumentar suas emissões em baixas taxas, no caminho para um desenvolvimento sustentável”. Esta é a opinião de Mohan Munasinghe, co-ganhador do Nobel da Paz em 2007 pelo IPCC (Painel Intragovernamental de Mudanças Climáticas), por alertar sobre os perigos do aquecimento global.

Um dos grandes entraves para um acordo sobre mudanças climáticas é a exigência de que países em desenvolvimento tenham metas de redução dos gases do efeito estufa. Uma das propostas de um rascunho finalizado na semana passada, e que será analisado por chefes de estado e ministros na COP-16, Conferência do Clima, sugere um acordo para que todos os países adotem medidas de redução desses gases.

Japão e União Europeia só aceitam impor metas mais duras de cortes, se todos os países fizessem o mesmo. Hoje, a China é o maior emissor, e Brasil e Índia também estão no top 10. Enquanto a UE oferece cortes de 20% e EUA de 17%, até 2020, o necessário seria de, pelo menos, 40% sobre 1990.

Em entrevista exclusiva ao UOL Ciência e Saúde, Munasinghe, que é professor da Universidade de Machester, diz que os países pobres devem focar as ações em adaptação às mudanças e em diminuir sua vulnerabilidade para proteger os mais pobres das consequências do aquecimento.

Como resolver o impasse?


Segundo Munasinghe, as emissões devem ser analisadas por habitantes, e, nesta conta, os EUA lideram. Cada americano lançou na atmosfera 18,9 toneladas de CO2, em 2007, frente a 4.9 toneladas dos chineses. “A China é um país em desenvolvimento que tem grande direito de continuar o desenvolvimento sustentável para reduzir a pobreza”, defende.A solução, para ele, é integrar as políticas de mudanças climáticas às estratégias de desenvolvimento sustentável e combater todos os problemas de uma só vez, porque eles estão interligados. As mudanças climáticas têm grande impacto na economia e vice-versa, então, só se chegaria a um bom resultado ao trabalhar com as duas questões ao mesmo tempo.

Assim, os países industrializados, que hoje têm alto PIB per capita e altas taxas de emissão, que excedem os limites máximos, devem reduzir os lançamentos, reestruturando suas fontes de energia. Já os países mais pobres, que emitem pouco e tem um PIB per capita baixo, devem receber adaptação às mudanças imediatamente.

Os países em desenvolvimento teriam que adotar medidas inovadoras para se desenvolver com baixa emissão de carbono, aprendendo com as experiências dos países mais ricos. Para isto, é necessária a ajuda técnica e financeira para continuar a crescer, com menos emissão e menos vulnerabilidade.

Justiça climática

Munasinghe acredita na chamada “justiça climática”, que diz que a maioria dos gases foi emitida pelos países ricos, então, eles têm maior dever em cortar emissões e ainda financiar ações em países mais pobres, os que sofrem mais com os impactos do aquecimento.
“As pessoas ricas de todo o mundo também devem carregar as maiores responsabilidades nesta questão”, sentencia ao apontar que o consumo dos 1,3 bilhão mais rico corresponde a 75% das emissões. “Eles podem contribuir para a solução ao escolher comprar produtos mais verdes”.Para ele, parte da solução está em criar um circulo virtuoso, que identifica onde estão as maiores emissões e as combate buscando alternativas simples, sem a necessidade de novas tecnologias, apenas com um consumo mais sustentável, não escolhendo produtos que foram responsáveis por grandes emissões, por exemplo.

Além disso, o ambientalista critica o Acordo de Copenhague, firmado o ano passado. O acordo é defendido por EUA, UE e Japão por contar com declaração voluntária de cortes por países que representam quase 80% das emissões. “O Acordo de Copenhague é o passo mais fraco [na direção a um acordo sobre mudanças climáticas], o que reflete o declínio político da questão nos últimos 20 anos. Kyoto também foi fraco e mesmo assim não está sendo implementado”.

“Para a COP-16, espero um progresso na questão da adaptação, porque não há desculpas para atrasos. Nós sabemos o que fazer, mas investimos dinheiro para manter a economia nos moldes atuais”, conclui.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/12/06/paises-em-desenvolvimento-tem-direito-de-aumentar-suas-emissoes-diz-ganhador-do-nobel-do-ipcc.jhtm